Thomas Burke

Nome: Thomas Burke
Idade: 32
Sexo: Masculino
Profissão: Ex-Militar e advogado

Aparência: Thomas possui cabelos castanhos, olhos cinzas e 1,70m de altura.
Personalidade: Em seu intímo, Burke é bastante amargurado com seus erros do passado, porém busca esconder este seu lado, revelando-o apenas quando se entorpece de ópio ao ficar sozinho. Quando acompanhado, põe uma máscara de respeitável herói de guerra e proprietário de uma frotilha de navios que realizam comércio entre os EUA e a Irlanda.

Prelúdio: Nascido em Belfast, em 1898, Thomas Burke é o terceiro e mais novo dos filhos do barão inglês Charles Burke, cuja fortuna remonta ao trabalho naval de seu avô no final do século XVIII. Com uma criação burguesa, Thomas levou uma vida convencional até o início da I Guerra Mundial, quando se alistou no exército britânico e fora enviado para lutar nas trincheiras francesas contra as forças alemãs.

Ele lutou durante os quatro anos do conflito, se destacando entre seus pares por sua proficiência com as armas de fogo. Já com vinte anos, testemunhou o término da guerra sob a patente de capitão e com duas medalhas de honra ao mérito. Ao retornar para a Irlanda, aonde sua família se mudara poucos anos antes de seu nascimento, ingressou numa universidade de direito ao mesmo tempo que seguiu sua carreira militar ao se tornar piloto de avião. O talento que demonstrou na guerra lhe rendeu ainda alguns frutos, ao se tornar pentacampeão em tiro nas disputas anuais do exército.

Sua trajetória, até então notável, tomou um rumo depressivo quando seu pai morreu em 1926. Seus irmãos mais velhos entraram num conflito fratricida pela herança de 37 navios que Charles havia deixado. Para evitar ser tragado pela briga, Thomas aceitou receber apenas oito desses navios, que ele usou para fundar uma empresa de transporte de mercadorias. Apesar disto, a rivalidade entre seus irmãos se agravou a tal ponto que, no natal daquele ano, Thomas se viu obrigado a matar Jack, seu irmão do meio, a tiros no momento que este tentou matar o terceiro irmão, Charles Jr., durante a confratenização da família.

Inocentado do crime por legítima defesa pela justiça, Thomas ainda sentia uma imensa culpa pelo o que fez. Para fugir das péssimas lembranças daquela noite, partiu para Nova York, em fevereiro de 1927, para controlar sua empresa a partir do outro lado do Atlântico, longe de sua família e de suas lembranças. Em sua nova vida, ele passou a se afundar no trabalho. Quando não estava em seu escritório no cais, estava no escritório de advocacia que abriu no Brooklin para atender famílias pobres, que costumavam não ter renda o suficiente para contratar bons advogados.

Certa tarde, um jovem judeu bateu na sua porta. Ele relatou que possuía uma alfaiataria, até ser incediada por mafiosos por ele ter recusado pagar por proteção. Não havia muita coisa que Thomas podia fazer, haja visto que não havia provas do envolvimento deles no incêndio, nem ele atuava em processos criminais, então ele dispensou o judeu. Quatro dias mais tarde, Thomas leu no jornal que o mesmo fora encontrado morto após, aparentemente, ter tentado matar um mafioso quando este saia de seu apartamento.

Burke não aceitou muito bem esta notícia. Ele começou a se culpar por não ter feito mais para ajudar o rapaz. Somado à amargura de ter atirado no próprio irmão, Thomas começou a esquecer ambos os negócios e passou a se viciar em ópio. Mas logo viera a Crise de 29. O dinheiro ficou escasso para sustentar o vício. Ele vendeu metade de sua frota para pagar dívidas e conseguiu manter o mínimo de viagens possíveis para não ir à falência.

Apesar de salvar a pouca fortuna, de manter seu status social, Burke ainda não havia se perdoado pelos erros do passado. Pela ação exagerado para com o irmão e pela inação para com o jovem alfaiate, ele lentamente regressou ao vício, quando a campainha de seu apartamento tocou. Um rapaz chamado Edgar Armstrong lhe procurou para contratar seus serviços de advocacia. De início, Thomas pensou em lhe dizer que havia parado de advogar fazia vários meses, porém o recebeu para escutar sua história.

Armstrong fora testemunha de um caso importante em Chicago, no qual ele delatou quatro mafiosos pelo assassinato de um amigo dele. Apesar do testemunho contudente, todos foram inocentados. Temendo pela vida, Edgar fugiu para Nova York, com a família, salvo seu irmão, John. Três dias antes, Edgar recebeu a notícia que o mesmo havia desaparecido. Como Thomas havia ganho uma certa fama pela sua atuação no Brooklin, Edgar imaginou que ele poderia lhe ajudar a interceder com a polícia local a encontrar John.

Sem saber ao certo o motivo, Thomas se dirigiu para Chicago afim de procurar pelo irmão desaparecido de Edgar. Após se instalar num hotel, ele procurou conversar com os policiais sobre o caso, porém todos com que conversou se mostraram desinteressados. Sem querer desistir, Thomas resolveu partir para uma investigação particular. Até o momento, não encontrou nenhuma pista do paradeiro de John, todavia se deparou com uma reviravolta interessante.

Aparentemente, John era policial. E pouco antes de seu desaparecimento, estava investigando um rede de tráfico de escravos asiáticos que funcionava na Costa Oeste e que começou a operar em Chicago. Ao mesmo tempo, os últimos três anos haviam sido bastante benéficos para John, que saira de um pequeno apartamento nos redutos da cidade para um casarão numa área nobre, totalmente incompatível com o salário de um policial. John teria sido sequestrado para punir seu irmão Edgar? Seria um policial corrupto? Seu desaparecimento seria na verdade pela investigação da rede de tráfico?

Thomas estava com muito mais dúvidas naquele momento que quando resolveu abrir sua porta para Edgar Armstrong.