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[On] A mais longa de todas as noites [Narrador - Jesuis]

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Mensagem  Ryan Prescott Qui 27 Set 2012, 02:56

Prelúdio
Ato I


Capítulo I - A Caravana

Trilha Sonora: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

A estrada ondulava como miragem à frente do comboio. A boca sedenta clamava por um gole d'água, mesmo que barrenta, para disfarçar o gosto salgado do suor. A marcha lenta e cambaleante do cavalo era de certo modo atordoante, causava sono, tontura. A besta arfava a cada passo e parecia que iria desabar a qualquer minuto.

As carruagens chacoalhavam e ringiam enquanto avançavam sobre a estrada de cascalho batido entoando uma insana balada. O cortejo seguia lento como um funeral ruma à rodovia 44 que já podia ser avistada ao norte, se erguendo negra e sólida das brumas do velho mundo.

O vento quente do deserto invadia as narinas com um cheiro árido e empoeirado. O sol que castigara a pele dos viajantes sem misericórdia, desde Fellig, passando pelas rochosas, até chegar àquele lugar, começava a baixar à esquerda quando alcançaram a autoestrada. Uma placa enferrujada e furada de bala indicava o caminho para Whartonville.

No vagão que liderava a comitiva, levantou-se o seu líder, um homem corpulento, bem trajado, de cabelos ensebados e penteados para trás. Olhou ao redor para conferir o bando e depois à frente, a mão esquerda fazia sombra acima da linha dos olhos enquanto a outra puxava um lustroso relógio de bolso do interior de seu casaco no qual checou as horas.

Há muito tempo Gunner Warlock viajava por aquelas bandas liderando as entregas da Guilda Mercante de Fellig. Um velho homem da estrada, desconfiado e sistemático, tanto quanto uma velha raposa, das naturais, não as mutantes. O líder da escolta parecia perturbado com o grupo contratado pela Guilda para efetuar a escolta: um pistoleiro misterioso, um homem que se dizia capitão de uma pequena embarcação, acompanhado de um pirata de hábitos asquerosos e uma selvagem. Não via motivos para acreditar que aquelas pessoas lhe traziam alguma segurança ou mesmo à sua carga, mas ele também seguia ordens. Antes de sentar, bradou:

— Vamos seus cães sarnentos, mais alguns minutos e estaremos em Wharton onde poderão tomar um banho e quem sabe abocanhar uma refeição e uma cerveja!

Quando aportaram no pequeno vilarejo, já caia à tardinha. Na medida em que adentravam pelas ruas centrais, mulheres agarravam os filhos pequenos e corriam para dentro das casas de madeira. Três cowboys que estavam em uma travessa dando uma surra em um bêbado pararam a luta para encarar os viajantes com uma expressão de poucos amigos. As janelas de um grande celeiro no fim da rua batiam com o vento que começava a esfriar, e para completar aquela paisagem monocromática, um senhor magro e de coluna curvada, com um lampião em mãos, subia de poste em poste para acender as lamparinas de querosene.

Gunner saltou de sua carruagem, depositou um chapéu sobre a cabeça e conferiu a caravana, dando ordens a Viggo, seu imediato, para que recolhesse os veículos no armazém local. Percebendo a movimentação em frente de seu estabelecimento, o proprietário, um velho senhor de fartos bigodes sai para cumprimentar os viajores. Gunner e o homem de nome “Billy Joe” se abraçam e trocam longas palavras, como se fossem amigos de longa data. Após confabularem por um instante, o entregador se dirige a seus acompanhantes:

— Vocês vão ficar na estalagem de Billy Joe esta noite, a comida e a hospedagem já estão pagas. Tenho negócios a tratar agora, portanto, tentem se comportar! Não quero meus homens causando baderna nesta pacata cidade, ok?



Descrição da estalagem:

A estalagem de Billy Joe é um dos únicos prédios da cidade que possui luz elétrica, fornecida por um gerador a gasolina que ele mantém em seu porão de pedras. O bar é constituído de um grande salão de madeira medindo 10 metros de comprimento por 5 de largura. Tem um balcão que na parede que se opõe à entrada, uma cozinha nos fundos e uma escada à sua direita que leva aos quartos no andar superior. É iluminado por fracas lâmpadas amareladas pendentes de vagarosos ventiladores de teto. A especialidade da casa é o pato com batatas, acompanhado de arroz e cerveja gelada. O entretenimento fica por conta de violeiros de passagem, acompanhantes, whiskey e poker.
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Mensagem  Carl Anthemman Sex 28 Set 2012, 00:26

Thomas adentra a estalagem. Primeiro pensa em sequer olhar para os lados. Mas todo aquele barulho de pessoas bebendo, jogando e aparentemente se divertindo, como se fosse um tipo de "Happiest Day Of Our Lives" - não sei porque, mas essa frase não me é estranha...

Aproximando-se do balcão, Thomas aguarda alguém reparar sua presença. Assim que um homem se vira e o olha, ele pede o prato da casa e um copo de água como acompanhamento. O homem o olha com desdém, como se fosse impossível conhecer alguém que não beba ou não queira beber algo alcoólico.

Depois de um leve sinal com a cabeça, Thomas se dirige à uma das mesas e lá aguarda. Thomas é um muito bom com fisionomias, mas não fez questão de reparar no rapaz que lhe atendeu, pois ali dentro eram (ou pareciam ser) todos iguais, e toda aquela festança aparentemente sem motivo algum o fazia sentir que estava se tornando mais um dentre aqueles todos.

Enquanto sua refeição não chega, Thomas começa a pensar em seus últimos dias. Em tudo o que aconteceu e como o destino o levou até aquela cidade...

Tudo começou na pequena vila de Sehen, uma das ultimas vilas no meio do deserto, mas que ainda havia também um resto de civilização. Ele estava confabulando durante o meio da noite com um senhor quando o mesmo o disse sobre uma possível caravana. Essa que estaria levando algum tipo de entrega que só o Sol sabe... Mas gostaria de estar junto, de estar por perto. Seria bom ter a companhia de pessoas um pouco mais instruídas que aqueles pobres coitados daquelas pequenas vilas. Como seria bom poder conversar com pessoas que realmente (ou a palavra seria supostamente?) saibam o significado da palavra futuro - se é que ainda há esperança de algum.

Na manhã seguinte, quando saiu ainda com o Sol em suas costas, Thomas levou aproximadamente dois dias até encontrar no caminho tal caravana. Assim que se aproximava das carruagens, suas esperanças de encontrar pessoas civilizadas se esgotava. Conversando com o tal de "Gunner", Thomas se convenceu que seria sua melhor opção seguir acompanhando o a caravana.

Primeiramente o tal senhor parecia até uma pessoa de entendimentos, mas com o passar do tempo descobriu-se o contrário. Sempre calado, nunca reclamou de nada, nem mesmo da terrível sede e fome que o matava lentamente por dentro.

As coisas ficaram piores quando o tal Gunner se cruzou com uma senhora aborígene - aparentemente aborígene, pois tudo levava a crer que era. A selvageria era aparente em seus olhos, e tais olhos não acompanhavam o corpo. Havia algo de errado com tal pessoa. Algo que instigou a curiosidade de Thomas, mas sua disciplina fez com que sua curiosidade permanecesse apenas dentro de sua mente, escondida pelos olhos atentos e concentrados em tudo ao seu redor.

Porém tal aborígene se parecia uma verdadeira senhora dona de grandes posses, e com uma compostura divina quando um outro sujeito decidiu se juntar. Esse tal sujeito era sim bem afeiçoado, mas tal característica física não escondia seu verdadeiro eu. Seus olhos, narinas e boca exalavam cobiça. Exalavam inveja e exalavam avareza, como se o próprio Deus-Sol se curvasse perante ele. Porém ainda assim continuou sua jornada sozinho-porém-acompanhado. Sua missão era chegar à tal cidade.

Tudo estava indo de mal à pior na medida que chegavam próximos ao destino. Com seus lábios totalmente secos e profundas olheiras fundas de fome e cansaço, Thomas chegou a pensar por um segundo que se descontrolaria quando ouviu o tal Gunner lhes dirigir a palavra.

- "Vamos seus cães sarnentos, mais alguns minutos e estaremos em Wharton onde poderão tomar um banho e quem sabe abocanhar uma refeição e uma cerveja!"

Sentiu seu rosto se levantar com os olhos em direção ao tal Gunner, sua mão saiu do curso habitual de vai e vem em que trabalhava por dias e por um rápido momento achou que a levaria em direção à sua arma, porém sua disciplina (e também necessidade) não o deixou fazer...

Thomas volta rapidamente de seu devaneio ouvindo a voz de um rapaz lhe dirigindo a palavra, com um cheiro de batatas cozidas lhe invadindo as narinas:

- Aqui está sua refeição, senhor. Bom apetite.

O rapaz deposita a tigela com a comida, uma colher e uma faca (cega) e o copo de água na mesa enquanto Thomas apenas gesticula com a cabeça em sinal de agradecimento.

Enquanto o rapaz sai, Thomas toma um leve gole daquela água. Mistura levemente o arroz com as batatas, deixando a carne de lado e enquanto começa a comer de cabeça baixa, continua olhando para a "festança" no outro lado do salão.

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Mensagem  Matt G. Sex 28 Set 2012, 09:52

— Vamos seus cães sarnentos, mais alguns minutos e estaremos em Wharton onde poderão tomar um banho e quem sabe abocanhar uma refeição e uma cerveja!


A voz do condutor trouxe Ma'ahri de volta de seus pensamentos.
Abrigada em uma das carruagens, que mal lhe proporcionavam uma sombra de tão gasta e danificada que estava, recordava do progresso de sua viagem até este momento.

Havia deixado sua aldeia faz dez dias, e apesar de não ter passado fome ou sede em demasia, sua nova vida já havia lhe recebido com dificuldades. Sem dinheiro, e com poucos bens de valor, perdeu quatro dias prestando serviços de proteção em troca de abrigo, comida e alguns trocados. Quando chegou em Longburn, um moderado posto de trocas às margens do deserto, percebeu que não conseguiria mais avançar por conta própria. Foi quando estabeleceu mais um contrato de proteção com uma caravana que atravessaria o deserto.

E ainda não havia encontrado nenhuma pista, ainda que sutil, de seu objetivo. Talvez numa cidade maior teria mais chances, mas ainda não tinha encontrado nada maior do que acampamentos e postos de troca. Essa caravana aparentava transportar uma quantidade considerável de mercadoria, então as chances eram de que poderia encontrar um destino satisfatório. "Mercadores devem viajar a muitos lugares e conhecer várias pessoas. Talvez uma delas tenha o que eu procuro", pensou, ao concordar com o trabalho.

Seus companheiros de viagem eram bastante incomuns. Um deles tinha um cheiro estranho, parecido com enxofre, tinha o rosto sempre coberto e carregava duas armas peculiares: possuíam um gatilho, como bestas, mas sem o arco, e no lugar de flechas, pequenos pedaços de metal.

O outro era um homem já maduro, de aparência bem definida. Cheirava a àgua salgada. Seu olhar mostrava desejo, cobiça. Um olhar perigoso. Não se sentia confortável em sua presença.

Não trocaram uma palavra sequer durante toda a viagem. A tensão no ar era intensa, e por vezes pensava se não iriam acabar matando uns aos outros em instantes. O sol queimava forte sobre a caravana. Fome e sede pairavam no ar como abutres esperando por carne morta, mas não havia viv'alma no horizonte além da pequena mancha que representava seu destino algumas milhas adiante ainda.

Ao chegar no vilarejo, se dirigiu primeiramente à estalagem. O som de uma música alegre permeava o ambiente, assim como o forte e nauseante cheiro do álcool, e havia algumas pessoas celebrando por algum motivo, ou por motivo algum. Aproxima-se do balcão e pede um ensopado e um copo de água, esperando pela refeição em uma das mesas mais próximas à janela. Seu misterioso companheiro de viagem se acomoda na mesa ao lado e observa com certo interesse a animação enquanto se alimenta.

Ma'ahri apanha o sinete em sus bolsa e contempla, distraída, os detalhes do símbolo engravado nele: uma pequena esfera no centro, e o que pareciam mãos envolvendo-a pelos quatro cantos. O que aquilo poderia representar ainda lhe é um mistério, e seus pensamentos foram novamente interrompidos com a voz de um rapaz trazendo sua refeição.


— Sua refeição. Bom apetite.


Escondendo rapidamente o anel, e ao mesmo tempo quase apanhando sua faca, embaraçada por ter sido pega desprevenida desta forma, agradece o rapaz e começa a comer, timidamente.
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Mensagem  Thomas Burke Ter 02 Out 2012, 21:15

Pés doendo. Missão cumprida. Jason já possui sua vingança e acabo de perder sua lealdade. Maldita bota! Rádio. Sujeito misterioso. Tenho que retornar ao barco nos próximos dias, ou não o encontrarei quando voltar a por os pés naquela praia. Bobagem, ele está muito bem escondido! Caravana asquerosa. Estou muito exposto num deserto, em caso de um ataque, a melhor opção será aproveitar minha agilidade para ganhar distância e...

— Vamos seus cães sarnentos, mais alguns minutos e estaremos em Wharton onde poderão tomar um banho e quem sabe abocanhar uma refeição e uma cerveja!

Cães?

Nathan sente seus pés reclamarem mais um pouco. As novas botas que conseguiu ainda não estão acomodadas ao desenho de seu corpo, o que têm lhe causado grande desconforto. Não tanto desconforto quanto os antigos donos dela sentiram quando o sabre de Jason, o pirata que acompanha Nathan, lhe atravessou o pescoço. Aquele era o preço pela lealdade para com Nathan: Vingança contra aquele rival que saqueara suas posses anos atrás.

Após partir de Enterprise, Nathan viu sua nova tripulação perecer um a um aos diversos problemas daquela missão. Mutantes, mercenários, piratas. Até um acidente durante uma tempestade mais forte. Apenas sobrara Jason, o mais experiente dos recém-recrutados, para testemunhar que os boatos sobre a máquina voadora eram mesmo boatos. O que fora encontrado era um antigo sítio aonde as máquinas, se é que existiram, assalvam vôo. Estava escondido embaixo de dois metros de areia que haviam sido recolhidos por um furacão no verão passado.

Apenas restou a Nathan regressar de mãos vazias, porém não antes de cumprir a promessa que fizera a Jason. Ele escondeu seu navio numa baía mais isolada, atravessou várias milhas atrás de diversas pistas sobre o sujeito e, enfim, pôs Jason cara a cara com ele. Não era a toa que o pirata precisava de ajuda, pois seu rival sabia se esconder muito bem de todos, principalmente de suas diversas vendetas. Durante a caçada humana, Nathan até se arrependeu de ter feito aquela promessa, pois o inimigo de Jason era mais valioso que o próprio.

Porém, promessas devem ser cumpridas. Jason espalhando essa história num bar é mais valioso que eu regressando sozinho, ou com seu inimigo sem-nome. Precisarei de uma nova tripulação, afinal de contas. E será mais fácil construir uma com minha fama intacta!

Após algumas sessões de carteado, Nathan descobriu a localização de uma caravana que ruma para as proximidades de onde se encontra seu barco. Não demorou muito para encontrá-la e inventar uma ou outra mentira para se juntar à ela. Um ou outro xingamento por parte do líder dela já o fez se arrepender de sua escolha...

Porém ali estavam companhias curiosas: Um homem com uma arma de fogo, algo raro nesses dias, e uma garota que empunha o símbolo do Rádio, o brasão da Velha Era que sinaliza a presença do Aço-Sol. Nathan já vira o símbolo no que sobrou dos antigos templos de cura, quando adentrou em ruínas de cidades. Era tanto um objeto de cura, quanto de morte. Um velho pirata lhe contou certa vez que aquilo fora a maior realização do mundo antigo e também justamente o que lhe transformou em "antigo".

Nathan não soube dizer bem o motivo, se luxúria, se desconfiava de Jason agora que cumprira sua parte do acordo ou se curiosidade, mas aguardou o momento correto para se aproximar da jovem, que comia na estalagem de Billy Joe. Queria-lhe ganhar sua confiança:

- Olá!

Luxúria.
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Mensagem  Matt G. Qui 04 Out 2012, 15:52

Sua fome era grande, e após as primeiras colheradas, resolveu deixar o talher de lado, apanhando a tigela de cerâmica com as mãos e bebendo direto do recipiente.

Já havia bebido quase toda a sopa quando seu outro companheiro de viagem se aproxima de sua mesa e lhe cumprimenta:

- Olá!

Intrigada com a abordagem direta, retorna a tigela quase vazia à mesa, e quase que instintivamente leva sua mão esquerda à faca em sua cintura, enquanto vira a cabeça levemente em sua direção e lhe responde vom uma voz apática:

- Olá...
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Mensagem  Ryan Prescott Sex 05 Out 2012, 02:13


Trilha Sonora: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

A noite havia tragado por completo o pequeno povoado de Whartonville e o vento soprava quente lá fora. Fazia um ruído áspero, um assovio grave em dueto com os uivos dos cães. Era verão por aquelas bandas, ao menos parecia... Sempre era verão no oeste. Aos poucos, a pequena estalagem foi ficando movimentada. O burburinho dos frequentadores se juntando ao som do hipnótico ventilador, girando e girando e girando devagar, eternamente como se tivessem acabado de desligá-lo.

O velho Billy Joe era ágil por detrás do balcão. Servia fartas canecas de cerveja, algumas doses de whiskey que fazia alguns homens do recinto vestir uma máscara contorcida na cara e grandes porções de pato. Aaah o pato, aquele cheiro defumado que vinha da cozinha fumegante nos fundos do bar era delicioso, de fazer as entranhas roncarem por mais um naco de carne, ainda mais para os recém-chegados viajantes que há uma semana vinham se mantendo numa dieta à base de charque e água.

Um violeiro errante animava a clientela, comportadamente sentado num banquinho ao lado da mesa de carteado. Cantava antigas lendas sobre demônios e encruzilhadas, histórias para botar medo em crianças travessas. Ao longe, fazendo coro com o violeiro, podia-se ouvir o ronronar de um gerador e o insistente estalar de uma lâmpada oscilante, tzzz, tz, tz... tzzz...

Jason – o pirata – se sentia perdido em meio àquela gente do deserto, desejava voltar logo para o mar, uma paranoia de que talvez alguém o seguira pra vingar sua vítima, três copos de rum e muita ansiedade. Era sempre assim quando matava alguém, assombrado por fantasmas de sua mente. Estava encostado numa coluna de madeira e batia o pé incessantemente ao som da música, tentando se distrair.

Olhou para seus companheiros de viagem na esperança de encontrar um companheiro de copo: O pistoleiro comia com cara de poucos amigos, e um olhar mais atento em sua água, o fez supor que ele não bebia. “Um maricas de armas” – pensou. Por pensar em mulher, olhou para a mesa da mulher fera e viu que o “Capitão” tentava uma abordagem não muito bem sucedida. Desistindo dos viajantes, disse a Nathan antes de se dirigir à mesa de carteado:

— Aye? Vou ali beber e jogar ok?

Ok pessoal, esta postagem foi apenas para climatizar a narração. Fiquem à vontade para socializar e praticar a narrativa de seus personagens. Have fun! Wink
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Mensagem  Carl Anthemman Sex 05 Out 2012, 02:41

Thomas estava morrendo de fome. Sua boca salivava de tal forma que quase não conseguia segurar a enorme quantidade de saliva que se estocava em sua boca a cada segundo. Porém precisava ser o mais discreto possível, o mais frio possível. Comia devagar, como se a ultima coisa do mundo que estivesse querendo fazer fosse terminar com aquela refeição. Sua mão esquerda sempre apoiada no copo de água que mantinha à distância da boca, para que tivesse algo para misturar com a saliva.

Com movimentos apenas de olhos viu seu "companheiro" de de viagem se adentrar o recinto. Agora que estava em um ambiente fechado, e sem aquele maldito vento misturado com a areia entrando em suas narinas, conseguiu distinguir o cheiro quando este passou em sua frente.

"Peixe. Água salgada. Então este é um caiçara..."

Tal pensamento o permitiu um leve sorriso no rosto. Um pouco mais ao seu lado, a tal "senhora" está sentada, olhando para o nada, como se estivesse perdida dentro de sua própria cabeça. Mas assim que chegou sua refeição ela tratou logo de se recompor e se pôs a comer. Mas não demorou muito para que suas suspeitas sobre ela se tornassem um fato: assim que a viu deixando de lado toda a compostura com a colher e passando a comer (ou talvez beber) sua refeição como se aquilo fosse um coldre cheio com a mais refrescante água que esse mundo já provou.

"De fato, uma aborígene. Muito me surpreende que fale nossa língua."

Assim que viu tal cena, Thomas virou-se para sua refeição. Lembrou-se que seu estômago estava reclamando já havia alguns dias, e que agora que tinha a oportunidade de se saciar, seu dono estava ali, prestando atenção em míseros índios. Depois da segunda colherada em seu alimento, Thomas mais uma vez ouve tal voz enojada, cheia de prepotência, em sua direção. Porém estava um pouco mais distante, mas mesmo assim virou-se para averiguar do que se tratava:

- Olá! - disse o caiçara.

- Olá... - respondeu a aborígene.

Antes mesmo de responder ao cumprimento, Thomas percebera que tal indígena sacara seu pequeno punhal. Um movimento astuto, mas ainda assim, muito previsível para olhos treinados como o seu. O que se passou a seguir o desagradou imensamente, porém não conseguiu evitar vendo tal cena se formar em sua frente:

- Ha ha ha... Hmm... Me perdoem, não tive a intenção...

Depois disso virou-se lentamente para seu pato e sua água, mas ainda de olho nos dois. O que será que pensariam dele? O que será que fariam depois daquilo? Isso o atormentou por alguns instantes, mas sua ave defumada o chamava mais a atenção...
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Mensagem  Thomas Burke Sáb 06 Out 2012, 16:55

A atenção de Nathan se dispersa. Jason se aproxima. A jovem lhe responde o "Olá" com os olhos fixos nos seus. Seu braço realiza o movimento de saque, porém a mesa esconde sua mão.

Não confie mais em Jason. Ela é arisca demais. O braço que se mexeu está do mesmo lado de onde ela deposita sua faca. Ela não confia em mim. Preciso desarmá-la. Jason está mais próximo, vindo em minha direção. Pelo visto, se não conquistar o coração desta moça, sua faca atravessará o meu. Ou Jason o fará. Manterei o plano. Tornarei-a uma 'tripulante'. Limitarei as chances de Jason se voltar contra mim até chegarmos em Enterprise. Bruta, arisca. Fácil de manipular. Desarme-a. Tanto da faca, quanto em espiríto. Uma única frase.

— Aye? Vou ali beber e jogar ok?

Nathan consente ao que Jason disse com a cabeça, de leve, sem tirar os olhos da selvagem.

Ele deve ter visto a faca na mão dela, mas nada o fez. Uma única frase. Não confio em homens que não anseiam por meus favores. Não confio em atravessar todas aquelas milhas dividindo o barco apenas com ele. Rádio. Por que ela carrega aquele brasão? É sagrado entre seu povo? Morte e vida. Vida, pros povos antigos. Morte, caso alguém chegue perto hoje em dia. Alguém morreu para conseguir esse brasão que está com ela. Uma única frase, capaz de desarmá-la. Manipulá-la. Fazê-la agir como eu desejo.

— Quantos você perdeu... - Nathan abaixa com leveza sua cabeça de lado, olhando-a agora com sutileza - ... para este símbolo amarelo e preto que carregas?
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Mensagem  Matt G. Dom 07 Out 2012, 00:22

O ambiente estava ficando desagradável. O cheiro forte do álcool estava começando a lhe causar dores de cabeça, e só não ignorou por jovem pirata por completo porque ele era o que mais fedia àquele odor repugnante. Felizmente, ele ficou por perto apenas alguns instantes, disse algo para seu 'chefe' e partiu. Alguns momentos depois, O homem volta sua atenção a Ma'ahri:

— Quantos você perdeu... para este símbolo amarelo e preto que carregas?

Aquilo a pegou de surpresa. Ele conhecia o símbolo. Sabia que trazia a morte. Mais ainda, sabia que ela o carregava. Não apenas o anel, mas o pedaço de roupa que também carregava em sua bolsa. Talvez ele a tenha visto com o anel. Talvez ele tenha mexido em suas coisas, apesar de pouco provável. Ou talvez seria o responsável por tudo logo ali à sua frente, o que era mais improvável ainda. De qualquer forma ele sabia algo.

Estava completamente desperta novamente. Olhou fixamente nos olhos do homem a sua frente. Era seu alvo, sua presa; e ela era a caçadora. Havia enfim encontrado uma pista, e ele poderia ser a chave. Mas sua arma agora era uma com a qual não era muito familiar, e isso poderia lhe custar. Uma batalha de palavras. Não sabia se estava pronta para um confronto como esse, mas não tinha escolha:

Enfim, pegou novamente o anel com sua mão livre e mostrou-lhe, discretamente, o símbolo, enquanto lhe diz, numa voz um pouco mais alta que um sussurro:

- Essa morte... quem a traz?
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Mensagem  Thomas Burke Dom 07 Out 2012, 10:42

Consegui.

— Eu poderia lhe dizer de bom grado tudo o que sei agora mesmo. E só pediria um favor em troca: Guarde sua faca de volta na bainha.
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Mensagem  Matt G. Dom 07 Out 2012, 14:01

— Eu poderia lhe dizer de bom grado tudo o que sei agora mesmo. E só pediria um favor em troca: Guarde sua faca de volta na bainha.

- Isso depende de sua resposta. Quem carrega essa morte?

Ela guarda o anel, mantendo seu olhar fixo no homem, e mantém a faca empunhada, por trás da mesa.
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Mensagem  Thomas Burke Dom 07 Out 2012, 17:20

— Desculpe-me. Não é isto que desejo ouvir.

Outro blefe. Estou me arriscando demais aqui.

Nathan se levanta da mesa e anda em direção ao balcão do Saloon.
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Mensagem  Matt G. Dom 07 Out 2012, 22:46

— Desculpe-me. Não é isto que desejo ouvir.

E com isto o homem se vira e sai, em direção ao balcão.

"Ele desistiu muito fácil", pensou. Este primeiro confronto não afetou seu interesse no que ele poderia saber, mas ficou claro que não seria agora que iria conseguir a informação que desejava.

- E começa a caça. - sussura para si mesma, apanhando seu copo de água e bebendo alguns goles.

- Ha ha ha... Hmm... Me perdoem, não tive a intenção... - diz o homem com o rosto coberto, fazendo-se perceber por um momento, mas logo voltando à sua refeição. Não fazia ideia do que poderia achar engraçado naquela situação, mas resolveu não pensar nisso.

Novamente se acalmando, percebe que o salão está mais movimentado, e o calor e fedor mais intensos. "Hora de me retirar", pensou. Ma'ahri finalmente levanta-se e se dirige ao balcão, onde pergunta pelos quartos reservados à tripulação da caravana do velho senhor Gunner.
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Mensagem  Carl Anthemman Ter 09 Out 2012, 01:09

Visivelmente incomodado com o acabara de fazer, Thomas tenta se recompor, mas não consegue. Enquanto termina sua refeição, fica de olho naquela moça que acompanhara a caravana. Pelo que pôde ouvir da "mini-conversa" entre ela e o caiçara, pode-se perceber que não é tão aborígene assim. Ela tem lá seus predicados. Por que não tentar conversar com ela? O que seria esse tal símbolo que carrega? Será que ela guarda algum segredo? Será que sabe, entende ou talvez possa de alguma forma ajudar com aquele sonho que há muito tempo tivera, mas que nunca esquecera.

Sem tirar os olhos da mulher, ele a observa, e assim que se levanta e parte em direção ao balcão, Thomas vai atrás dela, nunca tirando os olhos dela e nem do caiçara. Enquanto ela espera ser atendida, Thomas se aproxima:

- Longos dias e belas noites, Sra...
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Mensagem  Matt G. Ter 09 Out 2012, 09:46

Poucos segundos depois que se aproximou do balcão para perguntar pelos quartos, desta vez é o homem do rosto coberto se aproxima e tenta iniciar uma conversa:

- Longos dias e belas noites, Sra...

- O que quer? - Responde com um tom de desinteresse.
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Mensagem  Carl Anthemman Ter 09 Out 2012, 10:08

Thomas tentou abordar a aborígene da forma mais cortês que conseguia, mas não houve o resultado esperado:

- O que quer?

- Não pude deixar de ouvir a conversa entre você e aquele caiçara. Não pude deixar de ouvir a conversa sobre um tal símbolo que carrega e que ele "aparentemente" traz a morte. Estou nesta estrada da mesma forma que você. Estou procurando por respostas, porém nos meus anos de experiência fora da minha "tribo" me mostraram que não se consegue o que quer vociferando e mostrando os dentes. - Talvez com uma bala no joelho seja mais fácil. - Vejo que a morte a acompanha. Pior que isso, a culpa te acompanha.

Olhando diretamente nos olhos da aborígene agora, Thomas deixa aparecer seus olhos. Um par de olhos negros que ao mesmo tempo tem um olhar penetrante e está fora do corpo. Um olhar que saiu de seu corpo em busca de respostas mas que até agora não encontraram o que procuram e por esse motivo não regressaram.

- Escute muito bem o que irei lhe dizer, criança: Você pensa que consegue intimidar alguém com esse seu canivete, mas não passa de uma criança chorona desesperada porque perdeu seu brinquedo. Tenho também minhas perguntas e não sei porque creio que as respostas estejam vinculadas ao que carrega consigo. Mas tudo bem, siga sua jornada e espero que um dia encontre seu bonequinho.

Em um cordial aceno de cabeça, Thomas abaixa mais uma vez seu chapéu, dá dois passos para trás sem tirar os olhos da indígena e finalmente se volta em direção de sua mesa.
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Mensagem  Matt G. Ter 09 Out 2012, 11:54

- Não pude deixar de ouvir a conversa entre você e aquele caiçara. Não pude deixar de ouvir a conversa sobre um tal símbolo que carrega e que ele "aparentemente" traz a morte. Estou nesta estrada da mesma forma que você. Estou procurando por respostas, porém nos meus anos de experiência fora da minha "tribo" me mostraram que não se consegue o que quer vociferando e mostrando os dentes. - Talvez com uma bala no joelho seja mais fácil. - Vejo que a morte a acompanha. Pior que isso, a culpa te acompanha.

"Cai... çara?". "'Bala' no joelho?" O homem parecia saber do que estava falando, mas algumas de suas palavras não faziam muito sentido. Ele levantou a cabeça e finalmente pôde ver seus olhos. Olhos de quem já havia visto muita coisa, mas ainda procurava por algo.

- Escute muito bem o que irei lhe dizer, criança: Você pensa que consegue intimidar alguém com esse seu canivete, mas não passa de uma criança chorona desesperada porque perdeu seu brinquedo. Tenho também minhas perguntas e não sei porque creio que as respostas estejam vinculadas ao que carrega consigo. Mas tudo bem, siga sua jornada e espero que um dia encontre seu bonequinho.

E com um aceno de cabeça, o homem abaixa o chapéu e volta para sua mesa.

Apesar de aparentar o mesmo desinteresse com o qual respondeu inicialmente, aquele pequeno discurso a desagradou bastante, como se ele houvesse escolhido as palavras somente para provocá-la. De uma coisa ele estava certo: havia se precipitado. Mas também descobriu que ambos seus companheiros de viagem parecem interessados naquilo que carrega. Se isso era bom ou ruim, ela ainda teria que descobrir. Por hora, resolveu dar uma olhada nos quartos.
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Mensagem  Ryan Prescott Sex 19 Out 2012, 03:19

Conforme as horas passavam naquele lugar, a sensação de conforto aumentava. Talvez não para aqueles estranhos viajantes que eventualmente se estranhavam no salão, mas ainda assim, o ambiente parecia melhor. O clima se estava mais fresco, as pessoas alcoolicamente mais agradáveis e até a música soava mais animada.

Billy Joe agora servia uma bebida a Nathan enquanto narrava algum conto irrelevante sobre outras caravanas para ele, o típico "papo de bar". Percebeu quando a jovem nativa se aproximou do balcão, seguida de perto pelo misterioso pistoleiro e os observou conversarem. Não se interessou tanto pelo assunto quanto pela moça, há muito não via o povo nômade por aquelas paragens e aquela moça não parecia nada com os que tinha visto em sua juventude. A conversa foi breve e logo pode ver sua esposa tratando com a moça no balcão.

— Como eu estava dizendo senhor Stewart...

Trilha Sonora: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

A conversa foi interrompida por uma discussão:

— E mais uma para o homem do mar! – comemorou Jason.
— Quantos ases existem neste baralho? – indagou raivosamente o sujeito mal encarado ao bater na mesa.
— Contando com os que você guarda em sua bota? – insinuou o pirata.
— Deixa pra lá Bucko, é só um jogo – disse um dos apostadores.
— Este rato de navio vem pra nossa cidade, trapaceia no jogo e ainda nos chama de ladrões?
— O vigarista não perdeu uma desde que sentou nesta mesa – disse outro jogador.
— Talvez não perdesse se parassem de jogar como velhas senhoras, Aye? – provocou Jason.
— Aarrg, repita isso com meu punho em sua boca seu pedaço de merda!!!

Bucko voou por cima da mesa, virando-a, quebrando copos e garrafas e caindo por cima do pirata, num amontoado humano. Os outros presentes, ao verem a confusão começaram a imitá-los como se fosse a hora mais propícia para um acerto de contas com seus desafetos. O homem sentado ao lado de Nathan gritou — BRIGA!! – apanhou uma garrafa no balcão e a quebrou na cabeça de um qualquer, pulando em seguida por sobre o capitão, tentando lhe dar uma gravata. Uma meretriz que descia as escadas, ao ver a confusão, deu pulinhos de alegria dizendo — Yaaay!! É arranca-rabo!! \o/ – em seguida, montou de cavalinho nas costas de Thomas, desferindo-lhe pequenos murros em sua cabeça e tirando seu chapéu. Quando Ma'ahri se vira para ver o motivo da bagunça, se depara com um homem pronto a lhe arremessar uma cadeira. Em poucos segundos, todo o bar estava tomado por pessoas se atracando, vitrais estilhaçados e cadeiras quebradas...

Pessoal, só um lembrete: Isto é uma briga de bar, não um tiroteio sangrento. Portanto, cuidado com suas ações para não terminarem enforcados ok? Wink
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Mensagem  Thomas Burke Sex 19 Out 2012, 22:25

A mente de Nathan, tão acostumada a pensar em milhares de nomes distoantes ao mesmo tempo, somente pensa numa única palavra: Inferno!

De fato, sua mente parou de funcionar. Nenhuma ação planejada ocorreu a partir daquele momento. Ele se tornou um automato, como seu pai lhe ensinara. Todas as suas ações se tornaram reações diante dos fatos. Todas, seguindo o propósito de lhe garantir a segurança e daqueles que lhe protegem.

Então, ao ver a mão de um dos baderneiros agilmente avançando por seu pescoço, para torcê-lo como uma cobra faria, Nathan ergueu a sua própria para segurar o dedo indicador direito do cretino. Crac. O dedo dele agora levaria um tempo para voltar a indicar a direção certa.

— Fique aonde está, que vou salvar sua esposa! – Nathan esbravejou para Billy Joe. Mais tarde, ele se arrependeria bastante de ter se arriscado dessa maneira, mas isto nem seria o maior arrependimento da noite.

Nathan fora ágil. Correu por entre os brigões, em particular entre aqueles que estavam concentrados quebrando os ossos de outra pessoa. Cada um de seus movimentos era bem automático, com sua mente tomada pela adrenalina. Assim que chegou perto da esposa de Billy Joe, ele a puxou ferozmente até ela entender que se tratava de um salvador, não de um criminoso.

Logo, a dupla se tornou um trio, com o próprio Billy Joe se unindo a eles. Com mais alguns passos, o capitão os conduziu para fora do bar, onde todos estavam a salvo... Exceto Jason. E a nômade. E o pistoleiro.

— Vou atrás dos outros!

Tomado pela adrenalina, ignorando a gritaria dos agressores, Nathan se joga novamente no Inferno. E é bem recebido. Mal dá um passo para dentro do Saloon e o mundo explode em seu estômago. Ao olhar pra baixo, ele vê o esguicho de sangue. Antes mesmo de por a mão, ele já reconhece que levara um tiro. E voltar àquele lugar se tornou o seu maior arrependimento da noite.
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Mensagem  Matt G. Sáb 20 Out 2012, 01:41

A senhora de meia-idade logo veio atendê-la no balcão, um sorriso simpático como o de uma mãe. Mal teve tempo de perguntar pelos quartos, quando as vozes exaltadas dos bêbados na mesa de jogo terminam com cadeiras e copos tombados e um berro ansioso vindo de perto dela, no balcão:

- BRIGA!

Ao se virar para visualizar a situação, viu que os outros frequentadores estavam trocando socos, chutes e agarrões, todos engalfinhados uns com os outros como um bando de animais selvagens. Um dos homens perto de onde estava sentada agarrou uma cadeira e se preparava para jogar em sua direção.

Esperou até o homem soltar a cadeira e se jogou contra a parede à sua direita. O assento voou e se despedaçou contra a parede de trás do balcão, destruindo algumas garrafas no processo. Percebeu que estava perto das escadas quando viu uma mulher descendo e, aparentemente animada, se juntou à confusão, saltando nas costas do homem de rosto coberto, jogando seu chapéu para longe. Ma'ahri aproveitou esse momento para se levantar e subir correndo as escadas para o segundo andar.
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Mensagem  Carl Anthemman Dom 21 Out 2012, 22:03

"Mas que m..."

Antes de terminar seu pensamento Thomas foi surpreendido por algo ou alguém montando em seus ombros, fazendo assim seu chapéu cair e mostrando assim sua inicial careca. - talvez essa seja um dos motivos para usar aquele chapéu.

Totalmente atordoado com aquele peso em seus ombros, Thomas tenta se desvincilhar rapidamente do infortúnio. Assim que consegue tem sua visão perturbada por aquele cenário infernal, não se lembrando mais quando foi a ultima vez que viu algo parecido com aquilo. Mas já que estava ali, por que não entrar na brincadeira?

Thomas começou uma troca de socos com um dos bêbados que estava perto dele, provavelmente se dirigindo até a indígena. Com apenas um soco o derruba e dá uma rápida analisada no atual cenário: Várias pessoas em pelejas "mano-a-mano" e algumas com pedaços de garrafas em mãos, o que para Thomas não era nada justo, afinal de contas qualquer coisa é mais letal que os punhos e são sobre essas pessoas que Thomas vai para cima. Depois de derrubar um e outro, Thomas ouve um estampido muito comum, mas que com certeza não teria vindo a partir dele. Estampido esse que o fez se lembrar que estava sem seu chapéu, o que era um pouco estranho, e algo que é um pouco mais preocupante: Thomas não queria saber se o disparo acertou alguém, e sim quem foi que o causou. Agora sua prioridade mudou para identificar a pessoa e acertar as contas com ele da forma que aprendera enquanto estava no "Guardians of the Western Sun". - O tal do duelo...
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Mensagem  Thomas Burke Ter 23 Out 2012, 21:21

A visão de Nathan se turva. Ele tenta dizer uma ou outra coisa. Porém, tudo o que ele consegue é... é... cair.

Seu corpo cai feito um saco de batatas no chão. Mais sangue começa a sair. Ele vê o Pistoleiro. E com a pouca força que têm, se concentra num ato desesperado:

- PISTOLEIRO! AJUDE-ME!!
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Mensagem  Ryan Prescott Qua 31 Out 2012, 03:23

Segundo Andar

Ma'ahri sobe correndo as escadas deixando todo aquele caos para trás. Os ruídos abafados da luta que ocorria sob seus pés, agora eram misturados com gemidos, rangidos e tapas. Enquanto tentava atravessar furtivamente o corredor, se deparou com a porta entreaberta de um quarto onde presenciou uma jovem rameira cavalgar vigorosamente um homem que julgou ter uns 150 quilos. O velhote, notando sua presença não hesitou em mostrar seu sorriso amarelo, o dente de ouro brilhando no canto. Com um olhar lascivo, convidou:

— Quer se divertir conosco nativa? Hahaha!

Enojada, lembrou-se das histórias do velho curandeiro de sua tribo, sobre como o povo da ruína era depravado, odioso e como isso havia irritado os deuses do trovão, que para castigar o povo por seus vícios, os afogara numa tempestade de 40 dias e 40 noites.

Mas o que desviou sua atenção do casal foi o trovão que veio do salão. O barulho de explosão e logo em seguida, o inconfundível cheiro de fumaça...

No Salão


POOOW...

Quando Nathan parou para avaliar a situação, sentiu sua barriga quente. Era como quando se urina nas calças, aquela sensação de escorrer, só que mais para cima. Instintivamente levou sua mão àquela região e pode vê-la manchado com seu sangue. Suas pernas estremeceram, seus sentidos foram aos poucos passando da agitação à confusão, e logo após, sumindo aos poucos.

Não havia presenciado muitos tiroteios em vida, as batalhas nos mares nunca dependeram muito das armas de fogo. Quando um barco emparelhava com outro para combate, os mais entusiastas trocavam disparos quase como uma formalidade, era difícil de ver mais de uma dúzia de homens tombarem perante aquelas engenhocas rústicas. Com exceção dos canhões é claro, aqueles sim poderiam cortar um homem ao meio.

Mas sabia que em "terra-firme", elas (as armas) eram a lei. E no momento em que escutou aquele estouro ecoar no saloon, sentiu em seu abdômen algo como o acerto de contas por seus pecados em vida. Em vias de apagar, juntou forças numa súplica rouca ao pistoleiro, caindo ao solo em seguida.

Thomas

O guardião levava a luta muito a sério, principalmente aquela entre apenas dois homens. Todo embate justo entre dois homens igualmente equiparados, era honrado. Homens melhores que ele haviam escrito a história do Oeste a bala, em duelos gloriosos onde apenas os mais fortes sobreviveram. Os mesmos homens que séculos atrás, fundaram a liga dos guardiões.

Ali, naquele momento, optou por tomar parte naquele choque derrubando os que tentavam trapacear nas regras do jogo. Os armados de faca, de vidro, de tacos... Desferia golpes precisos em grupos que estavam em maior número, igualando a briga para os que apanhavam. Era estranho, mas teve a sensação de alguns se divertiam no meio do quebra-pau. Foi quando escutou a detonação...

Ligeiramente, abandonou o beberrão que segurava pelo pescoço e desceu as mãos nos cabos de madeira de seus revólveres, caçando com olhos de águia no salão o autor do disparo. Não encontrou fumaça no ar, mesmo sentindo seu cheiro evidente. Mas encontrou as súplicas de uma voz que parecia a do caiçara:

— PISTOLEIRO! AJUDE-ME!!

Foi a última coisa que disse antes de desmontar na soleira da porta. Será que ele havia sido baleado? A ideia sumiu de sua cabeça quando pode ver cortes irregulares e horizontais na barriga de Nathan, provavelmente obra de uma garrafa quebrada.


Gente, sério que vocês não leem meus quotes? A letra tá muito pequena? XD Pessoal, eu disse "briga de bar". Isso quer dizer - sem armas, sem tiros, sem mortes, sem feridos graves e etc. Não é possível que eu sou o único bêbado daqui né? rs

Enfim, o recado aqui é o seguinte: Não se matem voluntariamente! Isto é um RPG normal, como na mesa, só que escrito. O narrador é que diz se você conseguiu fazer sua ação, que te deram um soco ou coisas do tipo. Ninguém vira pro mestre e diz "— Aí o cara jogou uma granada no meu colo!!!" - Ao menos nunca presenciei, lol.

Não me levem a mal pela bronca pessoal, mas vamos com calma. Esta cena foi só pra dar uma esquentada antes que comecem a verdadeira missão. Lembrem-se que postagens objetivas (porém detalhadas) são mais fáceis de responder, tornando o jogo mais claro e ágil. Wink

Ah, e é claro. Estes são os impiedosos "Reinos de Ferro" e nunca sabemos se esta cidade enforca seus assassinos... ou coisa pior? Twisted Evil

Forte abraço! Cool

P.S.: Vocês NÃO SABEM o que foi o estouro ok? Deixa comigo pra próxima postagem! XD
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Mensagem  Matt G. Qua 31 Out 2012, 14:54

Ainda incomodada com o barulho da selvageria e o cheiro do álcool, se deparar com aquela cena grotesca quase fez Ma'ahri vomitar ali mesmo no piso de madeira daquele corredor mal-iluminado. A mulher nem se incomodou (ou sequer percebeu) com sua presença enquanto se ocupava em satisfazer o velho gordo em cima da cama, que dirigia à caçadora um sorriso amarelado e igualmente nojento.

— Quer se divertir conosco nativa? Hahaha!

- Animal imundo... - Murmurou, com repugnância. Mal terminou de dizer essas palavras, porém, um trovão ecoou pelo recinto.

A lâmpada que mal mantinha o corredor iluminado se apagara e, um instante depois, estava de arco em mãos, flecha armada, apontada para a escada de onde acabada de subir, e de onde viera o som. Poucos segundos depois, a fraca luz retorna ao ambiente, assim como um leve cheiro de fumaça. "Não era um trovão", pensou. "É pior. Não é natural".

Se aproxima novamente da escada e desce os degraus, cautelosamente, até poder visualizar o salão. O velho Billy Joe não estava lá. Nem sua mulher. Parecia que um furacão havia passado por ali. Mesas e cadeiras viradas, quebradas e espalhadas, restos de garrafas e álcool cobrindo boa parte do chão visível. Quase todos estavam confusos com o que aconteceu, mas pôde ver seus companheiros de viagem na entrada do salão, e que um deles parecia ferido.

Com a adrenalina do susto inicial já deixando seu corpo, guardou arco e flecha, e forçou seu caminho por entre os bêbados até a entrada, para poder observar melhor a situação.
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Mensagem  Carl Anthemman Dom 04 Nov 2012, 23:09

Thomas ao se virar então para a direção da voz, viu algo que o aterrorizou de certa forma: Nathan (sim, esse é o nome do caiçara, mas melhor o tratar como caiçara... pelo menos para si mesmo) estava ferido. Mas havia algo a mais naquele ferimento... Algo que não conseguiu discernir exatamente o que era... Ficou imaginando o que seria aquilo, e de onde aquilo viera. E o que era aquele cheiro de fumaça que Thomas tinha certeza que não era areia negra. Poderia ser qualquer outra coisa, menos a maldita areia negra...

Thomas volta de seus devaneios quando sente um empurrão. Alguém estava brigando e acabou por jogar um corpo gordo em sua direção. Por sorte onde bateu era um local bem próximo de onde estava seu chapéu. Será que alguém vira as falhas em sua cabeça? Tomara os Guardiões que não, pois aquilo é uma de suas maiores vergonhas. Vendo o corpo de Nathan no chão suplicando por sua ajuda, Thomas pondera se deveria ou não ajudá-lo. Não sabia exatamente o que aquele rapaz queria estando ali naquele lugar, mas não gostava da maneira que se portava... Chegou a virar as costas para Nathan, abrindo-se para sua visão as escadarias para o segundo andar e vendo ali o semblante da nativa que estava com uma cara horrível... parecia que estava enojada com alguma coisa, mas continuava andando. Estava terminando de guardar o seu arco, talvez tivesse visto algo ou alguém que lhe incomodara, mas isso não era problema, já que caçar era uma de suas especialidades.

Hesitou mais uma vez. Thomas não sabia o que fazer... Sabia que poderia se arrepender e muito de suas ações, mas talvez deixar aquele homem morrer ali não seria difícil. Mas também não seria bom ver uma pessoa que foi covardemente morta através de uma arma com areia negra e balas de chumbo - mas que tipo de arma é essa que dispara qualquer coisa, menos areia negra, já que seu cheiro não é conhecido por ele?

Seguindo em direção de Nathan, Thomas se agacha e segura uma perna de uma das cadeiras que se arrebentaram no meio da briga. Não tinha a intenção de usá-la, pois não é justo em uma briga de bar, mas usaria com toda certeza em alguém que estivesse de alguma forma tentando acabar o serviço que mal-fizera com Nathan.

Depois de passar pelo corredor, Thomas se aproxima de Nathan, coloca o braço de Nathan em torno de seus ombros enquanto segura e levanta Nathan com o outro braço e com uma voz rouca, seca e baixa faz (provavelmente) seu primeiro contato imediato com Nathan:

- Vamos garoto. Segure-se em mim.

E sem esperar nenhuma resposta, Thomas o levanta e começa a voltar pelo corredor de onde veio, mirando as escadas. Agora sem a perna da cadeira em suas mãos, Thomas se vê obrigado a chutar dois brigões que estavam em seu caminho. Chegando até a escadaria, Thomas começa a subir com um pouco de dificuldade, já que seu "companheiro" está muito ferido, quase inconsciente e quase não consegue mover as pernas, quem diria subir uma escada. Depois de subir quatro ou cinco degraus, Thomas vê a cabeça e logo depois as costas da nativa ainda se movendo lentamente, como se estivesse procurando por algo. Assim que têm certeza que é ela, tenta falar sem chamar muita atenção:

- Mari -ou seja la como for que se pronuncia seu nome- preciso de ajuda aqui. O caiç... DROGA! Nathan foi ferido e está sangrando muito! Preciso que me ajude aqui, por favor!

"Por favor"? Essa não era uma palavra muito usada por Thomas, mas nas condições em que se encontravam e no que estava pensando, Thomas tem certeza que aquelas palavras soaram muito bem...
Carl Anthemman
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