A1 - Distúrbio

O nascer do Sol no leste de Etrium não é uma paisagem desagradável de se ver. O astro-rei se ergue sobre Tualacán, a ilha vulcânica a várias milhas da costa de Porto Jaar, e estende seu brilho lentamente sobre o continente, de forma que mesmo as terras mais pobres e selvagens do extremo sudeste adquirem uma beleza solitária e única.

Aquela manhã de início de Primavera, porém, não era uma dessas ocasiões. O céu cinzento e nublado escondia o Sol em sua totalidade. O vento parecia não existir, e as plantações estavam desertas. O único movimento existente era uma pequena comitiva avançando lentamente em direção à modesta vila de Horon. Uma paliçada cudiadosamente reforçada percorre o perímetro da comunidade, brevemente interrompida por largos portões de madeira a Norte, Leste e Oeste enquanto duas torres de vigia erguem-se ainda mais altas, a Nordeste e Sudeste, seus ocupantes com olhos voltados aos visitantes que se aproximavam do portão Norte.

Um dos ocupantes da torre mais próxima desce de seu posto, e alguns segundos depois o portão se abre em uma fresta. O guarda que ocupava o topo da torre de vigia, vestindo uma proteção simples de couro por cima das vestes, um escudo pequeno redondo de madeira, e um lança curta e um capacete e couro, agora se aproximava do pequeno comboio: três carroças grandes cobertas, puxadas por dois saudáveis cavalos de tração. O condutor, o velho Gustav, um homem gordo de meia-idade, cabelos castanhos desgrenhados e longa barba grisalha, suspirava tediosamente, a barriga avantajada deixando transparecer a malha de metal que veste por baixo do robe desgastado pelo tempo e adversidades de seu ofício. Desconfortável, sim, mas já lhe salvara a vida mais de uma vez. Sua companhia de viagem também não lhe agradava. Confiava no serviço de sociedades organizadas, mas com o perigo das estradas e a Guilda de Proteção de Artemont com as mãos cheias, teve de se contentar com o serviço independente.

Apenas dois combatentes parecia pouco, mas foi o que pôde arranjar. O homem parecia confiante, mas já não podia dizer o mesmo da moça. Que seja. Caso fosse necessário, sabia que poderia contar com seu fiel lacaio Mogor e o jovem que se apresentou como mensageiro da Guilda dos Mercadores de Jaar. Mas não tinha muito do que reclamar. A viagem até agora fora tranquila, sem eventos, e esta era a última parada antes de seguirem rumo a Porto Jaar.

Uma rápida troca de palavras com o guarda é o suficiente para garantir a entrada em Horon. Os vigias prontamente abrem os portões, permitindo o comboio adentrar a cidade. Uma longa e reta avenida cruza perpendicularmente o sinuoso percurso à entrada da cidade, próximo ao portão Norte, conduzindo facilmente ao mercado local no centro da cidade, que mostra os primeiros sinais de movimentação com os poucos comerciantes locais se dirigindo a suas barracas, e os demais habitantes também se dirigindo a seus afazeres. O velho condutor faz uma lenta curva à direita, adentrando a outra avenida, e segue até a entrada da praça principal, onde o mercado local está armado. Lá ele dá o sinal para os cavalos descansarem e se volta para seus acompanhantes:

 - Estarei o resto do dia fazendo negócios e renovando estoque. Estão dispensados por hoje. Partiremos amanhã ao raiar do sol para Porto Jaar. Mogor, me faça um inventário.

Mogor acenou com a cabeça, revirou alguns sacos na primeira carroça até conseguir encontrar alguns pergaminhos e uma pena, e rapidamente começou a organizar a carga. Era o começo de um longo dia de trabalho...

Mapa

Matt G. escreveu:O velho condutor faz uma lenta curva à direita, adentrando a outra avenida, e segue até a entrada da praça principal, onde o mercado local está armado. Lá ele dá o sinal para os cavalos descansarem e se volta para seus acompanhantes:

 - Estarei o resto do dia fazendo negócios e renovando estoque. Estão dispensados por hoje. Partiremos amanhã ao raiar do sol para Porto Jaar. Mogor, me faça um inventário.

Mogor acenou com a cabeça, revirou alguns sacos na primeira carroça até conseguir encontrar alguns pergaminhos e uma pena, e rapidamente começou a organizar a carga. Era o começo de um longo dia de trabalho...

 
Um clima nebuloso para tempos nebulosos (pensou).
A viagem foi tranquila e quieta com tempo de sobra para refletir sua trajetória até aquele momento de sua vida, a superação dos acontecimentos do passado ainda é um espinho em sua alma, a morte do pai, a rejeição da familia, o abandono de sua mulher e filho. Mas a vida continuava... ela sempre continua. Por maior que sejam as mudanças, nas noites escuras durante sua vigilia noturna sua unica companhia era o seu odre de hidromel, um companheiro que já estava a passo de abandona-lo também, portanto com um aceno silencioso ao velho que contratou seus serviços, tomou a direção de algum estabelecimento similar a uma taverna ou hospedaria, porque não ambos? Seu corpo clamava por boa comida e bebida, talvez mais ainda uma boa noite de sono em um amontoado de palha fresca.
Sua nova aparencia não passava despercebida entre o povo daquele vilarejo, olhares curiosos alguns até mesmo amedrontados acompanhavam sua passagem.
Ja sem o elmo de sua armadura, desmonta do cavalo ao chegar no local, amarra sua montaria e adentrando o estabelecimento, estuda o local e seus ocupantes antes de se dirigir ao proprietario.

Ja sem o elmo de sua armadura, desmonta do cavalo ao chegar no local, amarra sua montaria e adentrando o estabelecimento, estuda o local e seus ocupantes antes de se dirigir ao proprietario.

Durante toda a viagem o olhar curioso de Judas havia sido atraído pelo estranho homem com braço de pedra. Nunca havia visto nada parecido e agora aproveitaria a oportunidade para conhece-lo, pensou.

Segue o homem furtivamente até a estalagem e senta-se o mais próximo possível do mesmo, no balcão.

- Água.  

é tudo que diz para o taberneiro.

"Realmente como o esperado, sou uma abominação aos olhos alheios."
-Tenho fome e sede. Sirva-me de hidromel e um assado- depositando a prata sobre o balcão e sentando-se prepara pacientemente o fumo para o cachimbo. Reparando na entrada de seus dois "companheiros de caravana", inclina-se a buscar conversa mas se mantem no mesmo lugar e ainda em silencio acende o cachimbo.

(Post via celular)

Judas decide que o decoro e o respeito não saciam curiosidade e, sem dirigir os olhos ao homem, diz em voz firme sem qualquer pudor ou hesitação:

-Mas que diabos aconteceu com seu braço?

Apos um longo trago, acompanhado pelos olhares curiosos do restante da taverna:
-Foi me tirado por um covarde em batalha- virando para o jovem ao seu lado, traga novamente - este braço é um equipamento substituto. Quem é você, mensageiro não? De onde vem mensageiro?

Enquanto as ruas iam ganhando vida com o amanhecer, os poucos habitantes de Horon lançavam breves olhares aos visitantes cavalgando pela larga avenida em direção à taverna local, voltando a seus afazeres em seguida. O homem atraía estranha atenção com seu braço de pedra, as linhas negras delineando as runas que o mantém funcional sendo alvo de olhares desconfiados, talvez até mais do que a presença de uma meio-elfa na cidade. Raças e artefatos mágicos não tem lá seu lugar em comunidades pequenas e isoladas à fronteira das terras selvagens. Já foram extremamente tolerantes ao aceitar o velho Aristad há algumas décadas, pela sua insistência em querer investigar a fundo a floresta vizinha ao portão Oeste. Sabiam que o Guardião da floresta iria lidar com o velho mago caso ele trouxesse algum infortúnio.

A taverna e estalagem se localiza em uma modesta construção de dois andares perto do portão Oeste de Horon. A fachada Leste do estabelecimento é tomada por uma varanda coberta, com alguns bancos e um toldo rústico de palha sobre as vigas de madeira. Ao longo da baixa cerca de madeira delineando o espaço externo segue uma longa tora de madeira, própria para se amarrar o cavalo de um viajante. Grandes recipientes de cerâmica estão postados ao longo do mesmo espaço, servindo como bebedouros para as montarias.

A jovem meio-elfa e o guerreiro prontamente se desvencilham de suas montarias e adentram o estabelecimento depois de amarrarem-nas em seus repsectivos apoios. Um espaço modesto, com duas pequenas mesas redondas ao longo da parede Sul e vários bancos próximos a um balcão próximo à parede norte. Uma escada se ergue ao longo da parede Oeste dando acesso ao segundo andar aonde estariam os quartos.

O taverneiro, um velho calvo, barba por fazer, calmamente esfrega seu pano úmido pelo balcão enquanto uma mulher se aproxima, pedindo-lhe uma caneca de cerveja.

 - Não sei que tipo de problema você precisa esquecer para já estar bebendo às poucas horas da manhã, moça, - diz com a voz rasgada - e nem quero saber. São cinco cobres. - Diz lhe entregando seu pedido.

Alguns segundos depois adentra um homem corpulento, seu porte físico não menos impressionante que o braço de pedra que ocupa o lugar de onde deveria haver ossos e músculos. Anseia por bebida e carne.

 - Escolha estranha para café da manhã, estrangeiro. A não ser que esteja disposto a esperar um bom tempo. Aqui está sua bebida. Uma prata.

Só então ele nota seu terceiro cliente essa manhã. Um jovem magro, o rosto coberto, lhe dirige a palavra tão espontaneamente quanto sua presença foi notada. - 'Água', ele pediu, olhando com interesse o homem a seu lado, que também parecia não ter notado sua presença até então.

 - Um cobre. - responde o velho, entregando-lhe uma caneca cheia com seu pedido, e voltando a seus afazeres enquanto seus fregueses conversam entre si.

Mapa

Novidades e morte são duas coisas que correm rápido. Ainda mais em um lugar como Horon.

O dia mal estava começando e já se espalhavam rumores sobre pessoas "distintas" demais para serem viajantes: "Um homem com um braço de pedra; um que parece o mensageiro da morte e uma mulher. Algum tipo de escrava? Comcubina? Vai saber..."

Mas existe algo de mais estranho nisso tudo. Disseram por aí que o braço do tal homem é um braço totalmente funcional. Como? Isso deixa Jekyll intrigado e decide que, depois de terminar seus afazeres matinais iria pelo menos observar tal homem e ver como se comporta.

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Depois de passado algum tempo, Jekyll não demora muito para saber o paradeiro dos viajantes e decide ir até a estalagem.

Observou a entrada dos companheiros de viagem sem muito interesse. Passara muito tempo observando o braço daquele homem, achava que continuar a fazê-lo seria grosseiro de sua parte. Desviou o olhar ao ouvir o taverneiro lhe dirigir a palavra. Lançou ao homem um pequeno sorriso divertido. Colocou sobre o balcão os cinco cobres e deu um gole na caneca ouvindo atentamente o que os dois homens conversavam ao seu lado.
O menor e mais magro dos dois fora muito menos sutil do que ela escolheria ser, mas o outro não parecia se incomodar. A resposta lhe saciara uma dúvida também, mas manteve-se calada quanto as demais. Manteve seu olhar na caneca e os ouvidos na conversa próxima.

Dom Salvatore Castelamari escreveu:Apos um longo trago, acompanhado pelos olhares curiosos do restante da taverna:
-Foi me tirado por um covarde em batalha- virando para o jovem ao seu lado, traga novamente - este braço é um equipamento substituto. Quem é você, mensageiro não? De onde vem mensageiro?

-Exatamente. 


Desvia a atenção para sua jarra de água. Retira duas peças de ouro do bolso e se vira para o homem que o atendia. 



-pode trocar isso para mim por dezenove peças prata, por gentileza?

Em seu caminho para satisfazer sua curiosidade, seus pensamentos são interrompidos por uma voz paciente e serena:

 - Uma ótima manhã para acontecimentos estranhos, não é mesmo, padre Jekyll?

A pequena carroça passava puxada por um par de pôneis, sua roda direita rangendo constantemente e o barulho de pequenas garrafas se chocando dentro do pequeno baú que carregava. Seu ocupante, um homem de idade avançada, careca, longa barba castanha, vestindo um robe púrpura com entalhes dourados, empunhava um bastão de madeira retorcida enquanto guiava seu transporte. O velho Aristad continuou:

 - Temos visitantes interssantes esta manhã. Quem sabe isso não seja um bom sinal? Talvez eu encontre algo igualmente incomum na floresta hoje! - e prosseguiu alegre em seu caminho, atravessando o portão Oeste e desaparecendo por entre as árvores.

Uma leve neblina começava a se formar quando Jekyll se aproxima da estalagem, avistando os dois cavalos amarrados, se aproveitando da água fresca no bebedouro.


Dentro do estabelecimento, o velho taverneiro apanha uma das moedas de ouro do jovem:

 - Não posso lhe conceder além disso, meu senhor. Mas agradeço sua gentileza. - disse, enquanto tateava a bolsa em sua cintura pelo equivalente a ser retornado. - Aqui estão. Nove pratas.

Matt G. escreveu:O taverneiro, um velho calvo, barba por fazer, calmamente esfrega seu pano úmido pelo balcão.

 - Escolha estranha para café da manhã, estrangeiro. A não ser que esteja disposto a esperar um bom tempo. Aqui está sua bebida. Uma prata.

-A dieta de pão preto e carne seca durante dias não agrada alguem do meu tamanho, tenho tempo para aguardar o desjejum, obrigado (depositando a prata sobre o balcão)

jimmy Quinn escreveu:-Exatamente.
Desvia a atenção para sua jarra de água. Retira duas peças de ouro do bolso e se vira para o homem que o atendia.
-pode trocar isso para mim por dezenove peças prata, por gentileza?

(fingindo não notar a mudança de assunto espontânea do jovem mensageiro)

- Espero que não sejam mensagens de guerra, são tempos difícieis - Traga novamente seu cachimbo, como se para esquecer de algo do passado - São tempos realmente difíceis.  - Diz antes de sorver meia caneca da bebida que havia pedido e descansa-la novamente no balcão

- Uma ótima manhã para acontecimentos estranhos, não é mesmo, padre Jekyll?

"Sim, meu caro Aristad" - Pensa Jekyll, porém sem intenção de revelar seu pensamento àquele homem.

Assim que termina de ouvir suas palavras, volta novamente sua atenção para a taverna, onde um episódio um tanto quanto curioso está acontecendo, mas logo se vê de volta a realidade, onde o velho Aristad toma novamente sua atenção:

 - Temos visitantes interssantes esta manhã. Quem sabe isso não seja um bom sinal? Talvez eu encontre algo igualmente incomum na floresta hoje!

"Espero que tenha sorte em sua busca, porém não tanta, meu caro. O mundo é um lugar muito perigoso para os desafortunados e desavisados." - E assim foi sua oração pessoal para o simpático Aristad.

Assim que termina sua caminha até a taverna, Jekyll abre uma das portas de vai-vém e ouve o taverneiro terminando uma conversa com um rapaz de capuz, e contendo um punhado de moedas na mão.

Tudo aquilo estava estranho, porém não deu muita importância. O que Jekyll estava interessado era no outro rapaz. Aquele com o braço de pedra. Assim que chegara a taverna, viu o rapaz de costas no balcão, conversando com o outro, mas não parecendo demonstrar muito interesse. Mas o que afinal de contas era aquele braço? De longe conseguia ver que existia algo nele, mas não conseguira descrever exatamente o que era. Assim então decidiu se aproximar.

No momento em que estava a uma distância já para ser ouvido, veio a pérola do grandalhão juntamente com o taverneiro:

Dom Salvatore Castelmari escreveu:-A dieta de pão preto e carne seca durante dias não agrada alguem do meu tamanho, tenho tempo para aguardar o desjejum, obrigado.

- Pretende então ficar por nossa vila, senhor? Mas espero que não esteja vindo para deturpar nossa paz ou incitar a discórdia, meu jovem. - Argumentou calmamente Jekyll olhando para o homem sem braço.

Carl Anthemman escreveu:

- Pretende então ficar por nossa vila, senhor? Mas espero que não esteja vindo para deturpar nossa paz ou incitar a discórdia, meu jovem. - Argumentou calmamente Jekyll olhando para o homem sem braço.

E novamente sua aparencia o condena, "problemas? Espero que não" (pensou) ainda de costas para o homem sorve mais uma quantidade do hidromel antes de responder a pergunta do estranho sujeito.

Não, não pretendo me estabelecer por aqui, e também não espero encontrar problemas causados pela minha presença. Pernoitarei por aqui e amanha rumarei com a caravana para longe de vossas vistas, se assim os deuses permitirem. (já se cansava daquela gente que claramente não o queria por perto, mas não as culpava...) E claro se houver um quarto disponível para o meu intento.  (dirigindo o olhar ao velho taverneiro e se levantando para fitar o homem que o questionava).

Seu metro e noventa completamente coberto pelo metal de sua armadura, rangeu com o movimento lento de Ivan, sua espada descansava na bainha e era visível pelo seu olhar tranquilo que era lá que permaneceria até o momento em que houvesse necessidade. Em sua mão esquerda a caneca de hidromel se levantava a caminho da sua boca para o gole de misericórdia. Mas a atenção não estava em sua armadura, espada ou caneca de hidromel. Estava no seu braço, seu terrivel e temível braço de pedra.

 - Sempre tenho minhas portas abertas para os que não arranjam encrencas - diz o taverneiro, olhando por uma das janelas - Ah, sua refeição deve estar chegando em breve, meu caro. Com licença, padre.

E com um aceno ao jovem sacerdote, Sai de trás do balcão para cumprimentar o garoto que acabara de adentrar o recinto, trazendo uma gaiola com pelo menos meia dúzia de galinhas recém-abatidas. Ele traz as aves para dentro e sai alegre com um punhado de moedas de cobre. O velho taverneiro adentra à porta atrás do balcão por um momento, e logo volta com seu ajudante, outro jovem de não mais de 15 anos, que leva as galinhas para dentro. Ao fechar a porta, o faz de maneira desleixada, o que acaba resultando em um choque barulhento no momento em que se choca com o batente.

O pequeno incidente atrai a atenção de todos no salão, e o jovem ajudante logo aparece pedindo desculpas antes de retornar a seus afazeres. Assim que desaparece no interior do recinto, os dois viajantes acostados ao balcão  percebem algo se movendo atrás da porta que acabara de se fechar: Uma aranha, não menos que um palmo de diâmetro, percorre rapidamente o espaço entre o batente superior e os degraus da escada logo acima...

Esquecendo-se completamente dos demais inconvenientes. Arremessa abruptamente a caneca ja vazia que estava em sua mão, no intuito de acertar aquela que até então era a maior aranha que já vira. 

-- CUIDADO!!!

Depois de cumprimentar o taverneiro, Jekyll continua a fitar o homem com braço de ferro. Iria começar novamente um diálogo com ele, quando foi surpreendido por um movimento brusco do mesmo:

Dom Salvatore Castelamari escreveu:-- CUIDADO!!!

E assim que o susto foi superado, viu a caneca de sua mão voar em direção a uma criatura que mais parecia um cachorro com oito patas.

Recomposto, Jekyll ainda olhando para a monstruosidade, pergunta para aquele homem:

- E então forasteiro, como se chama? - E não esperando pela primeira resposta, imenda a segunda pergunta - E este seu braço, vejo que tem algumas inscrições nela. Poderia me dizer o que significa?

Bebericava distraidamente de sua caneca quando viu o movimentar de uma criatura estranha logo a frente. Levantou os olhos sem interesse até notar que aquilo que via era uma aranha... Uma baita aranha. Soltou a caneca com um ruído surpreso derrubando o que restava da cerveja no balcão. Viu o outro arremessar a própria caneca na criatura asquerosamente grande e saltou para longe do balcão.

A caneca se quebrou em grandes pedaços ao atingir a parede, errando a aranha por poucos centímetros, mas chamando a atenção dos outros para o aracnídeo com sucesso. O velho taverneiro calou seu rápido protesto, e a aranha escapou para o telhado, escalando as vigas de madeira e se embrenhando por uma fresta invisível aos que estavam no solo.

Após se recompor do breve susto, o taverneiro se pôs a recolher o que restou da caneca, visivelmente incomodado tanto pelo tamanho da criatura, quanto pelo exaspero do viajante ao desperdiçar uma de suas canecas tentando atingi-la. Novamente abre a porta detrás do balcão, olhando cuidadosamente para ter certeza de que não havia mais nenhum visitante indesejado, e chamou seu ajudante novamente, para lhe ajudar com a bagunça que agora se encontrava o lugar.

Uma criatura nojenta, sem sombras de dúvida. Mas o cara do braço estranho errara o arremesso, bufou. A uma distancia daquela era quase impossível errar alguma coisa. Viu a criatura se esgueirar para o teto e receou permanecer naquele lugar por mais tempo. Aranhas... Não é como se fossem orcs ou algo do tipo, aquilo seria fácil... Aranhas eram... Aranhas. Balançou a cabeça afastando a imagem e tornou a se sentar junto ao balcão, tomando cuidado para não tocar na bebida que continuava caída a sua frente.

-se as aranhas daqui são assim, imagine os ratos.

Se dirigindo a moça que o acompanhava em viagem. Esboça um sorriso pela própria piada

Notando o desconforto do homem que começava a colocar as coisas em ordem após a fuga da aranha, como se não fosse a primeira vez que via um aracnídeo daquele porte.
Responde a seu inquiridor:
Meu nome é Ivan.
Ivan Calmont.
Fingindo não ouvir a segunda pergunta indaga:
Esse tipo de criatura é normal por aqui?